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Baixas concentrações de ozônio

Nas últimas décadas, o uso medicinal do ozônio gasoso (O3) vem aumentando progressivamente como tratamento complementar/adjuvante para diversas doenças. O O3 é um gás altamente instável que se decompõe rapidamente em oxigênio e é aplicado para fins terapêuticos como misturas de O2-O3 com baixas concentrações de ozônio. 

O estresse oxidativo leve induzido por baixas doses de O3 ativa a via do fator nuclear eritróide 2 (Nrf2), que, por sua vez, estimula a expressão gênica de elementos de resposta antioxidante (ARE). Na verdade, a exposição a baixas concentrações de O3 promove uma resposta citoprotetora antioxidante, o que é consistente com o princípio da hormese, ou seja, “o efeito benéfico de uma exposição em baixo nível a um agente que é prejudicial em altos níveis”.

No estudo de Cisterna et al. (2021) foi avaliada a ação do Ozônio sobre os fibroblastos como células conectivas ubíquas que desempenham papéis na arquitetura do corpo, na homeostase de células residentes em tecidos e em muitos processos fisiológicos e patológicos.

Para a metodologia do estudo foi utilizada uma linha de células de fibroblastos humanos estabelecida como modelo in vitro e adotada uma abordagem multimodal para explorar um painel de características estruturais e funcionais celulares, combinando microscopia de luz e eletrônica, análise de Western blot, reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real e ensaios multiplex para citocinas.

Tomados em conjunto, os resultados deste estudo não apenas estendem aos fibroblastos a noção de que baixas concentrações de ozônio são seguras para as células, mas também fornecem evidências originais de que a administração de misturas de gases O2-O3 induz múltiplos efeitos sobre os fibroblastos, dependendo de seu estado de ativação.

Em suma, em fibroblastos não ativados, o ozônio é capaz de estimular a proliferação, formação de protuberâncias da superfície celular, resposta antioxidante e secreção de IL-6 e TGF-B1, enquanto em fibroblastos ativados por LPS, O3 estimula a resposta antioxidante e a secreção de citocinas sem afetar a proliferação celular e motilidade. É, portanto, evidente que as baixas concentrações de O3 utilizadas neste estudo induzem respostas do tipo ativação em fibroblastos não ativados, enquanto que, em fibroblastos já ativados por LPS, a exposição ao gás potencializa a capacidade protetora celular.

A maioria dos efeitos observados em fibroblastos não ativados são devidos à exposição a 10 ou 20 ug de O3, ou seja, as concentrações que já foram consideradas ótimas para induzir com segurança uma resposta positiva em vários modelos celulares. Isso está perfeitamente de acordo com o conceito de baixas concentrações de ozônio no uso médico, que é cada vez mais aplicado na prática clínica.

BAIXE O ARTIGO EM PDF AQUI

Referência:

Cisterna B, Costanzo M, Lacavalla MA, Galiè M, Angelini O, Tabaracci G, Malatesta M. Low Ozone Concentrations Differentially Affect the Structural and Functional Features of Non-Activated and Activated Fibroblasts In Vitro. Int J Mol Sci. 2021 Sep 20;22(18):10133. doi: 10.3390/ijms221810133. PMID: 34576295; PMCID: PMC8466365.

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